As bolsas dos EUA fecharam esta sexta-feira (13) em queda, após a escalada do conflito entre Israel e Irã. O mercado reagiu negativamente ao início de uma operação militar israelense contra o território iraniano, seguida por um contra-ataque com mísseis balísticos por parte do Irã.
Durante a tarde, os índices chegaram a reduzir as perdas após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre negociações nucleares com o Irã. No entanto, o alívio foi temporário e o mercado voltou a cair após a retaliação iraniana.
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O agravamento da tensão geopolítica elevou a aversão ao risco entre investidores e impulsionou os preços do petróleo, favorecendo ações do setor de energia.
Desempenho dos índices
- Dow Jones cai 1,79% (42.197,79 pontos);
- S&P 500 recua 1,13% (5.976,97 pontos);
- Nasdaq perde 1,30% (19.406,83 pontos).
Na semana, o Dow Jones acumulou perda de 1,55%, o S&P 500 recuou 0,75% e o Nasdaq caiu 1,06%.
O VIX, conhecido como o “índice do medo”, chegou a atingir 22 pontos nas máximas do dia, sinalizando aumento na volatilidade esperada pelos investidores.
Movimentações no mercado corporativo
O avanço no preço do petróleo beneficiou empresas ligadas à produção e serviços no setor de energia, enquanto penalizou companhias do setor de transportes.
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Entre as principais altas do dia estiveram as ações de empresas petrolíferas. A Exxon Mobil avançou 2,16%, a Chevron subiu 0,65%, a APA Corp ganhou 5,31%, a Occidental Petroleum teve alta de 3,80%, a Diamondback Energy subiu 3,74% e a Schlumberger registrou valorização de 188%.
Em contrapartida, empresas que dependem fortemente de combustíveis, como companhias aéreas e cruzeiros, registraram perdas expressivas. A United Airlines caiu 4,43% e a Carnival, operadora de cruzeiros, recuou 4,96%, em meio à expectativa de aumento nos custos operacionais com combustível.
A perspectiva de conflito mais prolongado também impulsionou ações do setor de defesa. A Lockheed Martin, uma das maiores fornecedoras de equipamentos militares do mundo, teve alta de 3,62%.
Ainda no mercado corporativo dos EUA, a Adobe divulgou resultados fiscais acima das expectativas dos analistas e revisou para cima suas projeções para o ano, apoiada pela demanda por soluções com inteligência artificial.
Apesar do desempenho operacional positivo, as ações da empresa fecharam em queda de 5,32%, refletindo realização de lucros por parte dos investidores.
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A Boeing recuou 1,63%, ampliando as perdas do pregão anterior, após o acidente com um avião modelo 787 da Air India, que caiu logo após a decolagem na Índia com 242 pessoas a bordo. Segundo o Wall Street Journal, investigações iniciais apontam para falha ou perda de potência nos motores da aeronave.
Outro destaque negativo foi o setor de meios de pagamento. As ações da Visa caíram 4,98%, e as da Mastercard, 4,64%, após reportagem indicar que Amazon e Walmart estudam lançar suas próprias stablecoins — moedas digitais atreladas a ativos estáveis.
De acordo com investidores, a adoção dessas moedas pelas varejistas pode representar ameaça à participação de operadoras tradicionais nos sistemas de pagamento, ao reduzir a dependência dos consumidores de cartões de crédito e débito.