O mercado de commodities teve um dia de fortes oscilações nesta sexta-feira (6), com destaque para o café. O contrato chegou a subir 9,74%, mas perdeu força rapidamente e devolveu parte dos ganhos no mesmo pregão nos Estados Unidos.
Durante o pregão, o milho se manteve travado e o boi gordo se aproximou de níveis de stop loss (ordem que limita as perdas em uma operação).
Outro destaque desta sexta: o petróleo voltou a subir mais de 1% influenciado pela escalada da guerra na Ucrânia e encerrou o dia negociado em US$ 66,47 por barril. A análise das principais commodities do mercado é de Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities. Confira:
Café sobe forte e desaba no mesmo dia
A forte oscilação do grão nesta sexta fez com que o café subisse próximo dos 10%, mas depois caísse 5,5% encerrando o dia praticamente no mesmo patamar da abertura. Em números, o contrato de julho do café arábica saltou de US$ 356 para US$ 376, mas terminou as negociações cotado a US$ 357.
Segundo Gioielli, o movimento pode ter sido puxado por especulação, com muitos traders comprando e depois zerando posições rapidamente. O gráfico de 30 a 60 minutos mostra uma arrancada seguida de queda abrupta.
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Soja sem força e petróleo avança com guerra
A soja permanece oscilando próxima de US$ 10,50, sem tendência clara. Gioielli aponta que o ativo “orbita” esse nível, e investidores aguardam novos catalisadores para movimentação relevante.
Boi testa mínima e contratos testam movimento técnico
No mercado do boi gordo, os contratos da letra M chegaram muito perto do nível de stop loss — ferramenta usada para limitar prejuízos em operações. O ativo bateu 315,65, a apenas R$ 0,65 do ponto de saída programado.
Outros vencimentos, como o N, chegaram a fazer parciais (venda de parte da posição) e saíram da operação. O contrato V não chegou a acionar venda parcial.
Segundo Gioielli, o movimento foi intenso. O contrato U registrou 8.400 negócios, contra 3.500 no milho e 633 no café.